Num mundo do trabalho em constante mudança, a adaptação às novas tendências e às necessidades dos trabalhadores é crucial. Um destes temas actuais que está a atrair cada vez mais atenção é a ideia da semana de quatro dias. Esta organização do tempo de trabalho tornou-se cada vez mais importante nos últimos anos e é vista por muitos como um possível modelo de trabalho para o futuro.
Neste artigo, analisamos em pormenor os resultados de um inquérito realizado pela Fiverr International Ltd. A Fiverr, uma empresa que pretende revolucionar a forma como o mundo trabalha em conjunto, realizou um inquérito a empregados e freelancers na Alemanha, França, Países Baixos, Itália, Reino Unido, Austrália e EUA no final de agosto. O inquérito não só lança luz sobre as actuais mudanças na cultura do trabalho, como também realça a importância da flexibilidade e da eficiência no mundo de hoje.
A questão central do inquérito é a seguinte: pode a mesma quantidade de trabalho ser concluída em quatro dias úteis em vez de cinco? A resposta a esta pergunta poderá não só influenciar o futuro da organização do tempo de trabalho, mas também alterar os padrões de produtividade e as preferências dos trabalhadores nas empresas de todo o mundo.
Resultados surpreendentes da semana de quatro dias
Um tópico central do inquérito do Fiverr foi a semana de quatro dias como um possível modelo de horário de trabalho do futuro. Os resultados do inquérito forneceram informações interessantes e descobertas surpreendentes. Quase dois terços (62%) dos inquiridos na Alemanha estão convencidos de que podem concluir o mesmo trabalho em quatro dias úteis em vez de cinco. Mas isso é apenas a média. A nível internacional, quase 7 em cada 10 inquiridos (69%) são da mesma opinião.
Curiosamente, existem também diferenças claras entre as gerações. Os inquiridos mais jovens, em particular, como a Geração Z e a Geração Y, são a favor desta ideia, com 68% e 74%, respetivamente, convencidos. Em contrapartida, na geração dos baby boomers, menos de metade (47%) partilha esta convicção. Estes resultados revelam as diferentes atitudes em relação à organização do tempo de trabalho nos diferentes grupos etários e ilustram a mudança geracional na cultura do trabalho.
Atitudes intergeracionais relativamente à organização do tempo de trabalho
No entanto, o inquérito foi além da questão da semana de quatro dias e examinou as opiniões sobre a organização do tempo de trabalho em geral. Surgiu um aspeto interessante: a ideia de produtividade em relação às horas de trabalho. No atual mundo do trabalho moderno, é cada vez mais evidente que a produtividade não está apenas ligada ao número de horas de trabalho. Os resultados do inquérito mostram que os inquiridos na Alemanha consideram que uma média de 29 horas por semana é produtiva. Isto indica que a atitude em relação à eficiência do trabalho desempenha um papel importante na avaliação do próprio horário de trabalho.
O fim das 9 às 5
No mundo do trabalho atual, em constante mudança, o modelo de trabalho tradicional das “9 às 5” está a ser cada vez mais posto em causa. Os resultados do inquérito da Fiverr ilustram esta mudança gradual e lançam luz sobre a alteração da perceção do tempo de trabalho e da produtividade.
Apenas um pouco mais de um terço (37%) dos inquiridos afirmou sentir-se particularmente criativo durante o horário normal de trabalho, das 9 às 17 horas. Entre a geração mais jovem, a GenZ, o número é de apenas pouco mais de 3 em cada 10 inquiridos (31%). Isto indica que os horários de trabalho rígidos que eram considerados a norma no passado já não proporcionam necessariamente as condições ideais para o trabalho criativo e produtivo.
Curiosamente, o inquérito também revelou que quase metade (47%) dos inquiridos afirmou ser mais produtivo entre as 7h e as 10h. Este padrão intensificou-se à medida que os inquiridos envelheciam, com os trabalhadores mais velhos a tenderem a ser mais produtivos nas primeiras horas da manhã. Surpreendentemente, porém, um quarto (25%) da Geração Z considera mesmo que o período antes das 7h é o horário de trabalho mais eficaz. Este facto ilustra o interesse crescente por modelos de horários de trabalho flexíveis, sobretudo entre as gerações mais jovens, que pretendem ter mais em conta os seus próprios ciclos de produtividade e preferências.
Trabalho à distância
Os resultados do inquérito da Fiverr sublinham o desejo contínuo de trabalho independente da localização, também conhecido como trabalho remoto ou teletrabalho. Uma percentagem significativa dos inquiridos manifestou o desejo de trabalhar a partir de casa por várias razões.
Poupança de tempo e de custos ao eliminar as deslocações pendulares
Um quarto dos inquiridos da Alemanha (25%) declarou que preferia trabalhar a partir de casa. Uma das principais razões para esta preferência foi a poupança de tempo e dinheiro por não ter de se deslocar. As deslocações diárias podem não só ser demoradas, mas também implicar custos elevados de transporte, gasolina e estacionamento. A oportunidade de poupar estes recursos é, por isso, considerada extremamente atractiva por muitos trabalhadores.
Realizar uma vasta gama de tarefas a partir de casa
Outra razão importante para favorecer o trabalho à distância é a possibilidade de realizar várias tarefas a partir de casa. Quase metade (46%) dos inquiridos considera este facto uma vantagem. Isto poderá indicar que os trabalhadores valorizam a flexibilidade de poderem equilibrar melhor os seus compromissos profissionais com outros aspectos das suas vidas, como as tarefas domésticas ou os compromissos familiares.
Distração no escritório
Além disso, 37% dos inquiridos afirmaram que se distraem mais facilmente no escritório. O escritório pode, por vezes, ser um local onde a concentração e a produtividade são prejudicadas por conversas ruidosas, reuniões constantes ou outras distracções. Trabalhar em casa permite às pessoas trabalhar num ambiente mais calmo, onde se podem concentrar melhor nas suas tarefas.
Trabalho em equipa
A forma como as equipas trabalham em conjunto também mudou nos últimos anos. O inquérito do Fiverr fornece informações interessantes sobre as preferências dos inquiridos relativamente ao trabalho em equipa e à importância das reuniões presenciais.
Preferências de trabalho em equipa
Um dos aspectos mais reveladores do inquérito é o facto de um em cada cinco (20%) preferir trabalhar sozinho. Isto reflecte a diversidade das preferências de trabalho e mostra que nem todos os empregados ou freelancers têm a mesma atitude em relação ao trabalho em equipa. A Alemanha destaca-se como líder neste domínio, uma vez que a média internacional é de apenas 13%.
As reuniões presenciais desempenham um papel importante
Apesar das diferentes preferências, as reuniões presenciais continuam a desempenhar um papel importante no trabalho em equipa. 42% dos inquiridos afirmaram que se reúnem com os seus colegas duas ou mais vezes por dia, enquanto 33% preferem reuniões presenciais várias vezes por semana a uma vez por dia.
Preferências relacionadas com a idade
Curiosamente, os resultados do inquérito revelaram que as reuniões presenciais são particularmente populares entre os trabalhadores mais velhos e os freelancers. Na Geração Z, a percentagem dos que preferem reuniões presenciais é de 41%, ao passo que entre os Baby Boomers é de 60%. Isto sublinha que as preferências pelo trabalho em equipa estão estreitamente relacionadas com a idade dos inquiridos.
Para além das reuniões presenciais, são utilizados vários meios de comunicação para o trabalho em equipa. As chamadas telefónicas (35%), as videochamadas (21%) e as reuniões presenciais fora do escritório em cafés ou espaços de co-working (21%) foram identificadas como meios de comunicação populares.
Fiverr e o futuro do trabalho
Os resultados do inquérito da Fiverr não só lançam luz sobre as tendências actuais no mundo do trabalho, como também levantam a questão de como empresas como a Fiverr estão a moldar e a apoiar o futuro do trabalho.
Florian Müller, Country Manager DACH da Fiverr, salientou a importância da flexibilidade no mundo do trabalho e sublinhou: “A produtividade não pode ser medida em termos de horas de trabalho ou de horas trabalhadas. A tónica é cada vez mais colocada no resultado do trabalho realizado. Algumas empresas já estão a implementar novos modelos de trabalho orientados para os métodos de trabalho, as preferências individuais e os ciclos de produtividade dos trabalhadores. A flexibilidade dos empregadores vai compensar, especialmente no que respeita à entrada da Geração Z no mercado de trabalho.
Esta declaração sublinha o papel de empresas como a Fiverr na definição do futuro do trabalho. Ao promover a flexibilidade e ao dar ênfase aos resultados em vez da mera presença no local de trabalho, o Fiverr já está a definir tendências que poderão mudar a forma como trabalhamos.
Considerações finais
Os resultados do inquérito da Fiverr oferecem uma visão profunda do mundo do trabalho dinâmico e em constante mudança. À medida que nos aproximamos de um futuro em que os modelos de trabalho tradicionais são perturbados e a flexibilidade e a eficiência assumem um papel central, é crucial ter em conta as necessidades e preferências dos trabalhadores.
O elevado nível de aprovação da semana de quatro dias e a alteração da perceção das horas de trabalho e da produtividade mostram que a cultura do trabalho está a mudar. As empresas são encorajadas a explorar modelos de trabalho inovadores que respondam às preferências individuais e às diferentes fases da vida dos seus trabalhadores.
O teletrabalho estabeleceu-se como uma tendência importante que não só poupa tempo e dinheiro, como também promove o equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada. As empresas que apoiam eficazmente o trabalho remoto podem posicionar-se como empregadores mais atractivos e beneficiar de uma base de talentos mais alargada.
A diversidade de preferências no trabalho em equipa sublinha a importância da flexibilidade na estrutura organizacional. As organizações devem considerar a possibilidade de apoiar diferentes estilos de trabalho e garantir que a colaboração em equipa é eficiente, independentemente da forma de trabalho escolhida.
O próprio Fiverr mostra como as empresas podem moldar ativamente o futuro do trabalho, criando plataformas que reúnem talentos e clientes e expandem as possibilidades de colaboração flexível.
Globalmente, os resultados deste estudo mostram que o mundo do trabalho está a mudar e que o futuro do trabalho se caracterizará pela flexibilidade, eficiência e adaptação às preferências individuais. As empresas que compreendem e moldam ativamente esta mudança poderão estar bem equipadas para serem bem sucedidas no mundo do trabalho em mutação e manterem os seus empregados satisfeitos. O inquérito Fiverr é uma importante fonte de informação para as empresas e os profissionais das áreas de recursos humanos, recrutamento e employer branding compreenderem estas mudanças e integrá-las nas suas estratégias.
Fonte: Comunicado de imprensa do Fiverr
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